segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O Caminho da Beleza 50 - Solenidade de Todos os Santos

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

Solenidade de Todos os Santos                    05.11.2017
Ap 7, 2-4.9-14                    1 Jo 3, 1-3                Mt 5, 1-12a


ESCUTAR

Eu, João, vi outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo (Ap 7, 2).

Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! (1 Jo 3, 1).

“Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).


MEDITAR

Creio que nem os Romanos e nem os Judeus compreenderam Jesus de Nazaré, nem tampouco Seus discípulos que agora pregam Seu nome.
Os Romanos O mataram. E isso foi um erro. Os Galileus fizeram d’Ele um deus, e isso foi um engano.
Jesus era do coração do homem.

(Kalil Gibran)


ORAR

Viver a festa da santidade é viver a realidade de um censo impossível: “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar”. E como não podemos conhecer todos os nomes dos santos, devemos chamar este domingo da Festa da Santidade Anônima. Todos participam da mesma santidade de Deus e a santidade é o sinal inequívoco do vestígio de Deus em nossas vidas. Os santos não se reduzem ao dos altares oficiais, mas circulam cotidianamente entre nós. Devemos buscar em cada dia o rosto dos santos porque são um reflexo do rosto de Deus. Os santos não vivem em nichos de gesso, mas em casas comuns. Não trazem auréolas luminosas em suas cabeças, mas problemas e preocupações. Não flutuam no ar, mas tem pernas e pés doloridos como os nossos. Os santos são contaminados pela alegria, pela surpresa e compõem a sinfonia dos loucos de Deus. O milagre dos santos consiste no fato de existirem no cenário perverso desta sociedade e querer acrescentar um pouco de graça e ternura no cotidiano do mundo. A santidade não é um luxo, mas uma condição normal e obrigatória do cristão: ela é um dom e uma possibilidade oferecida a todos e não reservada a uns poucos privilegiados. Devemos sempre suspeitar que eles estão mais próximos de nós do que podemos supor. Os santos correm pelas ruas e a maior parte dos bem-aventurados são pessoas simples e que têm coração. A declaração conciliar Nostra Aetate afirma: “A Igreja Católica não rejeita o que é verdadeiro e santo em todas as religiões. Considera suas práticas, maneiras de viver, preceitos e doutrinas como reflexo da verdade que ilumina todos os seres humanos, ainda que se distanciem do que ela crê e ensina (...)A Igreja rejeita como contrária ao pensamento de Cristo toda a discriminação ou perseguição por causa das diferenças de raça, cor, condição ou religião” (NA 857.871).


CONTEMPLAR

Monge budista noviço, Kyaw Thiha, brinca durante a chuva no Monastério Shin Ohtama Tharya, em Yangon, Myanmar, 2011, Soe Zeya Tun, Agência Reuters, Yangon, Myanmar.





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