segunda-feira, 31 de julho de 2017

O Caminho da Beleza 37 - Transfiguração do Senhor

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

Transfiguração do Senhor                 06.08.2017
Dn 7, 9-10.13-14               2 Pd 1, 16-19                       Mt 17, 1-9


ESCUTAR

Seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá (Dn 7, 14).

Não foi seguindo fábulas habilmente inventadas que vos demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas, sim, por termos sido testemunhas oculares de sua majestade (2 Pd 1, 16).

Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo” (Mt 17, 7).


MEDITAR

Certa vez um monge perguntou a Mestre Joshu:
__ Um cão possui a Natureza de Buda ou não?
E Joshu exclamou:
__ Muuu!

(Köan Zen, Zen-Budismo)


ORAR

O evangelista nos revela a identidade de Jesus: o filho Amado. O Cristo é a tenda, presença perfeita e definitiva do Pai. No final da cena, ao centro, se ergue tão somente a figura de Jesus. O Filho é a tenda da Shekinah, a Divina Presença. A Transfiguração é o desvelamento do destino e do mistério de Jesus e também do nosso destino e mistério. Para todos se abre um horizonte de luz: “Amados, já somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que seremos. Sabemos que, quando ele aparecer seremos semelhantes a ele e o veremos como ele é” (1 Jo 3, 2). O Transfigurado passa pela obscuridade da história e da morte. Jesus presente no nosso cotidiano transfigura os seres e as coisas mais humildes. Os discípulos estão assustados e caem com o rosto em terra. Depois, no Jardim do Horto, cairão no sono e serão incapazes de uma hora de vigília. Nossa oração em silêncio, com Jesus, pode transfigurar a vida pela acolhida dos outros numa nova maneira de vê-los. Devemos aniquilar as doenças do olhar que são as doenças de uma oração equivocada, centrada em nós mesmos. É preciso colocar nossos olhos e nossos olhares no coração e nele encontrar a fonte da vida. O dia seis de agosto nos remete a uma fatal sincronicidade. Neste dia, em 1945, os habitantes de Hiroshima e Nagasaki viram uma grande luz no horizonte. A bomba atômica fazia sua trágica aparição no horizonte da humanidade como uma luz de devastação e de morte. A humanidade acabara de assistir a transfiguração da luz que liberta e dá a vida numa luz cega e trágica que desfigurava e aniquilava os que também foram criados à imagem e semelhança de Deus. A transfiguração de Jesus nos lembra a beleza à qual a humanidade e o universo são destinados. Hiroshima e Nagasaki testemunham o embrutecimento e o horror de que os homens são capazes ao desfigurar os corpos que são santuários de Deus (1 Cor 6, 9) e devastar a criação de Deus. Para os cristãos, celebrar a Transfiguração é um apelo à responsabilidade, uma exortação à compaixão e a expansão do coração diante dos que sofrem. A Transfiguração é o desvelamento do SIM do Cristo ao caminho da solidariedade radical com os oprimidos e vítimas da História.


CONTEMPLAR

Um homem sírio chora sobre o corpo de seu filho próximo ao hospital de Alepo, Síria, outubro de 2012, Prêmio Pulitzer de 2013, Manu Brabo (1981-), Saragoça, Espanha.




segunda-feira, 24 de julho de 2017

O Caminho da Beleza 36 - XVII Domingo do Tempo Comum

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

XVII Domingo do Tempo Comum              30.07.2017
1 Rs 3, 5.7-12                     Rm 8, 28-30                      Mt 13, 44-52


ESCUTAR

“Dá, pois, ao teu servo um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal” (1 Rs 3, 9).

Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8, 28).

“Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola” (Mt 13, 46).


MEDITAR

Quando busco o meu coração, encontro-o em Ti.
Quando busco a minha alma, encontro-a entre os Teus cabelos.
Quando, sedento, me aproximo a uma fonte para beber,
mesmo no pequeno espelho d’água vejo o Teu rosto refletido.

Nada me está mais próximo do que o Amado,
mais próximo a mim do que a minha própria alma.
E dele não me recordo jamais,
pois a lembrança existe para quem não está.

(Rûmî, Sufismo).


ORAR

Deus mostra a sua delicadeza ao aparecer a Salomão em sonho. Quando dormimos não temos vergonha de nada e podemos pedir tudo o que queremos e desejamos. Salomão não se apresenta como seguro de si. O Evangelho apresenta as parábolas, mas talvez as nossas vidas não são a ilustração mais pertinente e convincente da mensagem de fundo que elas contêm. Muitos de nós chegam a ser doutores sem se converter em discípulos. Pensamos que tudo sabemos e que podemos dar lições aos outros. O Evangelho revela que o cristão é o homem do descobrimento gozoso e somos chamados a superar as facilidades que enganam e consomem nosso existir. O seguidor de Cristo não é o homem da renúncia, mas da adesão a Alguém. O discípulo não perdeu nada, pois encontrou Alguém e esta vivência é sempre prazerosa e não mortificante. No entanto, as deformações estão sempre à nossa espreita. Podemos acreditar que possuímos o único tesouro e conservamos suas bagatelas e quinquilharias. Podemos querer parecer que deixamos tudo para seguir Jesus e fazemos os outros pagarem o preço do que abandonamos e não encontramos. O mais triste é encontrar cristãos cujas vidas não estão marcadas pela alegria, o assombro e a surpresa de Deus. Vivem encerrados no seu mundinho religioso sem nunca encontrar nenhum tesouro. O tesouro do Evangelho é como um grande amor e uma imensa paixão. E esta paixão é pelo o ideal de transformar a face do mundo e torná-lo mais fraterno. O cristianismo não é uma religião do refúgio, da proteção e da segurança para os nossos bens. O Evangelho nos faz trocar o certo pelo duvidoso e só assim encontraremos o surpreendente tesouro. O amor não conhece limites nem definições restritivas. Ele leva aquele que ama ao ponto de desistir da própria vida pelo bem dos outros. Isto pode parecer extravagante e absurdo, mas o Reino de Deus é para as aventuras da fé e da ternura. Não é uma recompensa para a mediocridade.


CONTEMPLAR

Pegando a chuva, década de 1930, Robert Doisneau (1912-1994), Paris, França.



segunda-feira, 17 de julho de 2017

O Caminho da Beleza 35 - XVI Domingo do Tempo Comum

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

XVI Domingo do Tempo Comum                23.07.2017
Sb 12, 13.16-19                  Rm 8, 26-27                       Mt 13, 24-43


ESCUTAR

Ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores (Sb 12, 19).

O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor com gemidos inefáveis (Rm 8, 26).

“Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora” (Mt 13, 25).


MEDITAR

Diálogo entre o venerável Uddálaka a seu filho Shvetaketu:

“Vai e traze-me um fruto da árvore nyagrodha.”
“Aqui está, venerável.”
“Abre-o.”
“Feito, venerável.”
“Que vês no interior?”
“Vejo-o, venerável, todo cheio de sementes.”
“Abre uma delas.”
“Feito, venerável.”
“Que vês em seu interior?”
“Nada, venerável.”
Então lhe disse:
“Da coisa sutil que tu de modo algum percebes, querido filho, dessa coisa sutil surgiu certamente essa enorme árvore nyagrodha. Acredita, querido filho, o que constitui essa coisa sutil, aquilo de que surgiu o universo, isso é o real, é a alma, és tu, ó Shvetaketu”.

(Chhandogya-Upanishad VI, 11-12, Hinduismo)


ORAR

O Reino de Deus é sempre um início minúsculo e insignificante. O Reino começa em alguma parte sem que ninguém se dê conta disto. Deus vem à terra como uma semente, um fermento ou um rebento. Jesus é semeador e semente ao mesmo tempo. Devemos aprender a delicadeza de Deus, sua solicitude e benevolência. Não podemos ceder à inquietude e nem nos deixar devorar pela ansiedade. Respeitemos a vida, não a sufoquemos e vivamos todas as suas possibilidades. Seja qual for o momento em que nos encontramos, não é mais do que um ponto de partida. Devemos suspeitar das transformações espetaculares e dos resultados imediatos, pois as coisas que deixam um sinal profundo tomam sempre a vereda da lentidão. A parábola do joio revela a hipocrisia descarada em que vivemos: com o propósito de arrancar o mal procuramos nos desembaraçar do que nos molesta, nos causa fastio e ameaça as nossas ambições. Se formos intempestivos, poderemos arrancar o trigo. Não existe nenhum campo que seja somente de grão bom. Quando julgamos os outros sem considerar o joio que habita em nossos corações, transformamo-nos em sinal de discórdia. O Papa Francisco disse: “O hipócrita é capaz de matar uma comunidade. Fala com docilidade, mas julga brutalmente as pessoas. O hipócrita é um assassino e começa sempre com a adulação. A linguagem da hipocrisia é a linguagem do engano; é a mesma linguagem da serpente com Eva. No final, utiliza a mesma linguagem do diabo para destruir as comunidades” (Homilia de Santa Marta, 06.06.2017). Temos que nos precaver do farisaísmo cristão fruto do fanatismo em criar igrejas perfeitas, puras, mas separadas umas das outras. Os verdadeiros malvados são os que, em vez de se empenhar no humilde esforço da prática do Evangelho (Mt 7, 21-23) arrogam-se a tarefa que é da competência de Deus. São os campeões de uma fé arrogante, presunçosa, e estão sempre prontos para suspeitar uns dos outros. Deus deseja nos ouvir em oração, mas não suporta ouvir nossos desejos minúsculos, insuficientes, mesquinhos e deformados. O Papa Francisco colocou na porta de seu quarto uma tabuleta com o escrito: “Proibido lamentar-se”, para que não sejamos possuídos pela síndrome do “vitimismo” que nos diminui o humor e a capacidade para enfrentar os desafios. Deus não deseja o que nós desejamos. O Espírito sempre vem em nosso socorro para suprir a debilidade das nossas preces. No mais fundo dos nossos corações, está o Espírito e Deus sabe qual é o desejo do Espírito. Fraudamos Deus não pelo que fazemos por Ele, mas, sobretudo, porque não O permitimos fazer maravilhas conosco.


CONTEMPLAR

Sem Título, s.d., Barcelona, Martin Molinero (1975-), Buenos Aires, Argentina.




segunda-feira, 10 de julho de 2017

O Caminho da Beleza 34 - XV Domingo do Tempo Comum

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

XV Domingo do Tempo Comum                  16.07.2017
Is 55, 10-11             Rm 8, 18-23                       Mt 13, 1-23


ESCUTAR

“A palavra que sair de minha boca não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade” (Is 55, 11).

Toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto (Rm 8, 22).

“Quem tem ouvidos ouça!” (Mt 13, 9).


MEDITAR

A Terra, sua Vida eu sou
A Terra, seus pés são meus pés
A Terra, suas pernas são minhas pernas
A Terra, seu corpo é meu corpo
A Terra, seus pensamentos são meus pensamentos
A Terra, sua fala é minha fala
...O Céu, sua vida eu sou,
As montanhas, sua vida eu sou
...O Sol, sua vida eu sou

(Canto sagrado Navajo, América do Norte)


ORAR

Somos terrenos compostos com um pouco de tudo: caminhos, pedras, espinhos e terras férteis. Nosso interior é um terreno em que a Palavra de Deus é semeada. A semeadura exige de nós uma resposta que não pode ser evasiva e nem estar de acordo com nossos gostos pessoais. O efeito da Palavra não é estabelecido por nós, mas fixado por Aquele que a entrega: “A palavra que sair da minha boca não voltará para mim vazia; antes realizará tudo o que for da minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi ao enviá-la”. Ninguém saberá prever até onde chegará a semente e o que está destinada a produzir. Tantas vezes as igrejas utilizam a Palavra para fazer coisas que voltam aos céus sem resposta e vazias. Não somente Deus espera, mas a Criação também “está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus”. Temos sido filhos descuidados, indiferentes, distraídos e toda a Criação tem pago tragicamente as consequências. Nossas atitudes desfiguram a obra de Deus. O papa Francisco é enfático: “A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior” (LS 217). No seguimento de Jesus, não necessitamos de colhedores, pois não somos chamados a colher êxitos, conquistar as ruas, dominar a sociedade, encher as igrejas e templos e impor a nossa fé religiosa. Precisamos de semeadores que por onde passam semeiem palavras de esperança e gestos de compaixão. Esta é a conversão que precisamos: romper com a obsessão de colher e assumirmos o trabalho paciente e imprevisível de semear. Jesus nos deixou de herança a parábola do semeador e não a do colhedor. Que terreno somos nós? Um coração que compreende ou um caminho árido e estagnado pela ausência de sensibilidade, de afetividade e generosidade?


CONTEMPLAR

S. Título, 2005, Onomich, Província de Hiroshima, Japão, Donata Wenders (1965-), Berlim, Alemanha.























segunda-feira, 3 de julho de 2017

O Caminho da Beleza 33 - XIV Domingo do Tempo Comum

Muitos pensam de modo diferente, sentem de modo diferente. Procuram Deus ou encontram Deus de muitos modos. Nesta multidão, nesta variedade de religiões, só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus. Que o diálogo sincero entre homens e mulheres de diferentes religiões produza frutos de paz e de justiça.
(Papa Francisco, 2016)

Não temos um só Pai? Não nos criou um mesmo Deus? Por que trabalhamos tão perfidamente uns contra os outros?
(Ml 2, 10)

XIV Domingo do Tempo Comum                09.07.2017
Zc 9,9-10                 Rm 8, 9.11-13                    Mt 11, 25-30


ESCUTAR

“Eis que vem teu rei ao teu encontro; ele é justo, ele salva; é humilde e vem montado num jumento, um potro, cria de jumenta” (Zc 9, 9).

Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo (Rm 8, 9).

“Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,30).


MEDITAR

A prática do amor e da compaixão nada tem que ver com implicações religiosas ou com o que quer que seja de sagrado. É uma questão de sobrevivência... A espiritualidade que me interessa diz respeito às qualidades do espírito humano que nos trazem felicidade a nós mesmos e aos outros... Não há razão alguma para que o indivíduo não possa desenvolver essas qualidades, mesmo em níveis elevados, sem ter acesso a qualquer sistema religioso ou metafísico. Eis porque às vezes digo que é possível abrir mão da religião.

(Dalai Lama, Budismo).


ORAR

O profeta apresenta não um rei guerreiro, mas pacífico, manso e humilde. Mas, Jesus, assim que desceu do jumento e colocou os pés no chão, parece esquecer da sua mansidão e se deixou invadir por um furor sagrado: usa uma linguagem dura e suas palavras mais do que carícias parecem pedradas; fala de sua missão como espada, fogo, sal que queima. E culmina no átrio do Templo, expulsando a golpes os mercadores, derrubando suas barracas e atrapalhando os negócios. Mas, este mesmo homem se apresenta como manso e humilde de coração. Jesus nos revela que a ternura não é a característica de pessoas passivas, sem nervos, sem paixões e emoções. O manso não é um resignado, um impotente, mas o que toma posição e confronta a injustiça, a mentira e a hipocrisia. O manso é o que tem a capacidade de se indignar diante de situações intoleráveis. São os débeis que gritam para impressionar e garantir seus argumentos vacilantes. São os que recorrem à violência, à difamação, às insinuações mesquinhas e sórdidas: julgam-se superiores aos outros e sem medir as consequências dos seus atos evitam a verdade dos fatos. Jesus não tortura a consciência de ninguém, mas a liberta e a sua ternura com todos é o símbolo luminoso da ressurreição. Jesus, na sua ternura, promete descanso aos que sofrem o jugo opressor da Lei e o peso da religião. A religião de Jesus é uma religião que chama a todos os que sofrem para aliviá-los. O livro do Eclesiástico proclama: “No fim alcançarás seu descanso e a sabedoria se converterá em teu prazer; seus grilhões se tornarão teu baluarte; suas rédeas, traje de festa; seu jugo, joia de ouro; suas correias, cintos de púrpura” (Eclo 6, 28-30). O papa Francisco nos exorta: “Deus nos surpreende sempre, rompe nossos esquemas, coloca em crise nosso projetos e nos diz: ‘Confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me’”.


CONTEMPLAR

O Rochedo Mítico, Mahabaliparum, Tamil Nadu, India, Olivier Föllmi (1958-), Saint-Julien-en-Genevois, França.